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“Fazer a diferença”, um artigo de Dulci Alma Hohgraefe

Andamos tão atarefados na rotina e correria diária que pouco atentamos às situações e oportunidades de fazer uma gentileza, dar passagem no trânsito, ajudar um idoso a atravessar a rua, estender a mão ou dar um abraço, ouvir com paciência uma pessoa aflita que precisa desabafar… enfim, são inúmeras as ocasiões que se apresentam e nos passam desapercebidas pela nossa pressa e distração.

São justamente esses momentos que podem se eternizar nos corações das pessoas, que em instantes de fragilidade são tocadas e se sentem acolhidas quando mais precisam dessa compreensão, sem julgamento ou repreensão, simplesmente aceitos sem restrições.

Fazer a diferença não exige grandes feitos, apenas sensibilidade e respeito aos sentimentos ou emoções que afloram, às vezes sem controle, pois vem das profundezas da alma, expressando os mais puros propósitos de vida, sinceros e nobres.

Perceber essas manifestações de vulnerabilidade exige um certo nível de sensibilidade, mas acima de tudo a atenção no presente, pois somente quem está presente consegue detectar essa necessidade do outro, um pedido de ajuda ou até socorro, muitas vezes evitando uma tragédia.

Ninguém precisa estar vestido ou investido de super-herói para fazer a diferença na vida das pessoas, mas sim disposição e vontade de auxiliar os irmãos de caminhada, que muitas vezes estão vivendo verdadeiros dramas ao nosso lado sem percebermos.

Estamos aqui de passagem e o que levaremos na bagagem são justamente essas ações no bem, sem interesse de projeção ou barganha, mas com o coração repleto de compaixão e amor pelos nossos semelhantes, nesse lar comum pelo qual somos todos responsáveis e também cocriadores.

É muito bom e gratificante receber o retorno de alguém que em algum momento conseguimos fazer a diferença, não porque seja necessário, mas é um incentivo a continuar nessa seara do bem e do amor, espalhando boas sementes que possam frutificar e se multiplicar em prol da coletividade.

Compreender os mecanismos do universo e toda a sua perfeição nos aproxima do Criador, trazendo bem-estar e paz de espírito, nos proporcionando maior tranquilidade e a paciência necessária para aguardar o momento certo, sem impor o nosso tempo, na maioria das vezes de maneira atropelada.

Há tempo para pedir e tempo para agradecer” e entre esse intervalo é que temos que controlar nossa ansiedade e medos, aguardando o tempo do universo, sempre sábio e certeiro, agregando sentido e significado ao nosso viver nessa etapa evolutiva.

Fica o convite para se aventurar nessa vivência que certamente fará a diferença maior em nossas vidas do que na daqueles que tocamos, pois ficará o registro em nossa alma, trazendo plenitude e avanços significativos na nossa formação como seres integrais, cidadãos do mundo a caminho da perfeição!

                                                                                   Dulci Alma Hohgraefe

                                                                                   Educadora e escritora

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