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“A luta pela verdade milenar”, um artigo de Julio Frederico Voese

Imaginem, nos dias de hoje, um homem reunir grandes públicos com o intuito de mostrar que a única forma de ser salvo de seus pecados fosse através do amor, Que nenhuma religião seria capaz da transformação moral necessária para atingir a salvação da alma, a não ser que nos absteremos de nós mesmos em prol do próximo. Imagine se este mesmo homem confrontasse séculos de doutrinação que envolvem fatores políticos, religiosos, situações sobre a cura das doenças, desmistificando o papel oculto da medicina atual e a indústria farmacêutica.
Imagine esse mesmo homem, se misturando as camadas mais empobrecidas da sociedade, dormindo com os “invisíveis”, desprovidos dos recursos básicos que o governo deveria prover, trazendo esperança ao povo excluído e afrontando os poderosos e o clero moderno.
Qual seria seu destino, ao perceber que a mudança, proposta por este homem, teria iniciado… Seria silenciado, desparecido e retirado de circulação pelos detentores da fé, pelos governantes e por todos aqueles que entendem que o sistema escravocrata vigente deve permanecer, mantendo o cárcere mental e o aprisionamento da fé pelo medo e não pela libertação da alma de seus pecados através dos inúmeros processos reencarnatórios.
Parece o roteiro de um filme bíblico, de um script referente a um ser iluminado que veio mostrar a verdade e libertar o povo daquilo que o prendia nas amarras mentais, encarceradas pelo medo imposto pelo alto clero e pelos poderosos.
Sim meus irmãos, foi exatamente isto que ocorreu a mais de dois mil anos, quando um homem, que carregava em seu corpo o espírito iluminado, de altíssima evolução, que veio realizar estes feitos de libertar as mentes e corações, abrindo as fronteiras da visão limitada pelo medo, para a liberdade e luminosidade divinas da face do Pai que está nos Céus.
Este mesmo homem, em momento algum, se intitulou pertencente a alguma religião, nasceu na Judeia, seguia os costumes dos Judeus, mas odiava a religião, tanto que, por várias vezes, intitulou o Sinédrio como “Raça de Víboras”, onde a hipocrisia era o carro-chefe de pregações, voltadas a Leis morais, advindas de Moisés, mas, na verdade, o intuito era a escravidão mental com a pena da morte para aqueles que eram intitulados como hereges ou blasfemadores. Ao menor desvio do que estava nas escrituras, já se realizava a condenação, que por vezes, se baseava na pena capital.
Eis que Jesus, o Filho do Homem, o Messias predito nas escrituras sagradas do Judaísmo, reencarnou com o objetivo de libertação das almas da prisão mental, imposta pelo sistema arcaico e escravocrata que o as Leis Mosaicas, mal interpretadas pelos Fariseus, resultava no empobrecimento moral, financeiro e religioso da sociedade da época.
Algo de semelhante aos dias atuais??!! A história se repetindo, quando vemos freis, padres e pastores entendendo que a verdadeira doutrina de Cristo, presente na doutrina Espírita, se torna ameaça aos interesses que por milênios controlaram a sociedade. Escribas e Fariseus modernos, os mesmos que reencarnaram agora nas demais religiões que utilizam, de forma deturpada, os ensinamentos do Rabi da Galileia. Omitem a verdade, estabelecem novas amarras (Céu e Inferno), para controlar a humanidade pelo medo.
Desde 1857, quando do lançamento do primeiro livro de Allan Kardec na codificação da Doutrina Espírita, o Espiritismo vem sendo atacado, ferozmente, pelas religiões, pois propõe a mudança interior, o autoconhecimento, a reforma íntima e a vivência profunda dos ensinamentos de Cristo, na sua essência, de forma inabalável, através da fé raciocinada (entender o que se crê, para, de fato crer), da caridade descompromissada, seguindo, a risca, o mandamento maior estabelecido por Jesus de “amar ao próximo como si mesmo!”.
Se observarmos, as revelações trazidas pela doutrina Espírita, através das obras básicas de Kardec, são, justamente, os mesmos ensinamentos propostos por Cristo aos seus discípulos, omitidos nas escrituras bíblicas, por revelarem a verdade sobre a criação de Deus, pela bondade e justiça do Pai, que não castiga a ninguém, nos dando tudo o que solicitamos, de acordo com as nossas necessidades de autoajuste com nossas ações errôneas (ética da Lei de Causa e Efeito, consequência das ações deliberadas pelo mal-uso do Livre Arbítrio).
Os ataques sofridos pela doutrina Espírita são os mesmos sofridos por Jesus a mais de 2000 anos. O medo das religiões e dos poderosos é a perda do controle das mentes e corações dos fiéis, que se encontram amarrados e amordaçados por dogmas infundados, mistérios que omitem a verdade, sendo que Jesus é a Verdade e veio mostrar a Verdade. Estes ataques, proibindo que os fiéis das religiões diversas frequentem os centros espíritas, se configura na tentativa das sombras em manter a humanidade sob seu véu trevoso do medo da verdade, bem como o financiamento monetário de situações que opõe, por completo, as cátedras do Filho do Homem.
De acordo com João 4 : 21 – 24 :
“21 Jesus disse: — Mulher, creia no que eu digo: chegará o tempo em que ninguém vai adorar a Deus nem neste monte nem em Jerusalém.
22Vocês, samaritanos, não sabem o que adoram, mas nós sabemos o que adoramos porque a salvação vem dos judeus.
23Mas virá o tempo, e, de fato, já chegou, em que os verdadeiros adoradores vão adorar o Pai em espírito e em verdade. Pois são esses que o Pai quer que o adorem.
24Deus é Espírito, e por isso os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade.”
Se Deus é espírito, e nós somos os Seus filhos, somos espíritos, imortais, igual ao Pai! Eis a verdade, omitida pelas religiões sobre nossa verdadeira natureza.
Nunca esqueçamos que o Reino de Deus, não é deste mundo, mas o mundo espiritual, aqui, a Terra, escola das almas, para aprendermos a amar e sermos amados, a perdoar e sermos perdoados, conforme nosso Divino Mestre nos ensinou.
Que Deus nos abençoe!

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